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Casimiro José Marques de Abreu, filho de um português comerciante e
dono de terras no Rio de Janeiro, nasceu em 1839 na Barra de São João, R.J.
e faleceu no mesmo local em 1860. Estudou Humanidades em Nova Friburgo,
curso que não completou, abandonando para se dedicar ao comércio junto com o
pai. Fato esse que o deixou bastante deprimido. Viajou para Lisboa, lugar
onde viveu entre os anos de 1853 e 1857 e viu sua peça "Camões e o Jau"
obter um certo êxito. De volta para o Brasil, no ano de 1859, assistiu seu
único livro de poesias, "Primaveras", ser publicado às custas do apoio
financeiro paterno. Morre um ano depois, vítima de tuberculose, na fazenda
de sua família.
http://www.secrel.com.br/jpoesia/casi.html |
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Ao Meigo Casimiro
Ao ler
os cantares
Do gentil poeta...
Um terno sentir
Se adentra em mim.
A dor de Casimiro
Lá no exílio...
E as belezas tantas
De sua terra natal
Num desafiar de cantos
Outro não cantou igual.
A musa virgem, que encanto!
Que doce sonho dourado!
Quem nos verdores da idade,
Não sonha amar e ser amado?
Quem dera poder sentir,
Os sentires do gentil poeta
E nos sábios cantares da lira
Tornar-me quase profeta!
A infância , familia e tudo
Um rosário de dores só suas.
Quisera um porvir de flores,
De glórias e lauréis de estudo.
Mas quis assim a sina,
Tão cedo calar seus cantos
Assim repousar suas dores
Cobrir suas glórias de eternos mantos...
Cecília
Rodrigues.... julho/1980
Formatação Cecilia
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