Cecília Rodrigues
&
Maria Custódia Pereira
"Quanta Saudade Há em Mim" |
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Quanta saudade ha em mim
Mote _ Cecília Rodrigues _ 2006
"Quanta saudade há em mim
Do nosso tempo...de ti, Amor
Inebriados éramos assim
Um Mundo inteiro em Flor"
I
Como um poema nascido
De um milagre da Natureza
Também eu tive a certeza
Do bem em te ter conhecido
Do nosso amor amadurecido
Ancorado num cais de festim
Acenando lenços de Jasmim
Partiste num dia de Janeiro
Deixaste-me neste veleiro
Quanta saudade há em mim
II
E nesta ténue lembrança
Dos dias de amor vividos
Dos ramos agora ressequidos
Resta uma longa Esperança
Despida de toda a pujança
Que volte nosso grande amor
Vivido com todo o fulgor
Espero-te com muita ternura
Saudosa de toda a candura
Do nosso tempo...de ti, Amor!
III
Reter-te amor é meu objectivo
Em meus dias e ânsias loucas
Sendo todas as horas poucas
Sinto-te nos dias que não vivo
É ter-te mais tempo comigo
Rabisco, poemas sem fim
Desfiando retalhos de mim
E do nosso tempo passado
Agora e p'ra sempre recordado
Inebriados éramos assim
IV
Corríamos campos abraçados
Beijando o sol que nos sorria
Era assim... uma harmonia
Era o Amor que nos embalava
O pôr-do-sol nos abraçava
Indestrutível o nosso amor
Éramos quimeras e fulgor
Espargindo p'lo roseiral
Tal como um aroma divinal
Um Mundo inteiro em flor
Cecília Rodrigues_2006
""In _ Veleiro de saudades""
Quanta saudade ha em mim
l
Partiste deste mundo e eu fiquei
Sozinha com os filhos por criar
A morte obrigou-te a me deixar
E eu já nem sei quanto chorei
Soluçando vi-te partir e agora sei
Que não posso mais ficar assim
Trabalho dia e noite com um fim
De deixar nossos filhos criados
Mas sinto os teus lábios molhados
Quanta saudade há em mim
ll
Na cama ainda sinto o teu cheiro
Apalpo com a mão mas não te acho
Tenho saudades de ti, como macho
Das nossas brincadeiras no banheiro
A brincar, tu eras mais batoteiro
Mas sempre foste bom admirador
E eu ganhava sempre uma flor
Cumprias bem teu desempenho
Que saudades ainda tenho
Do nosso tempo...de ti, Amor
lll
Nossos filhos continuam estudiosos
Fazem sempre os seus deveres
Que pena não estares cá para veres
Como eles são lindos, maravilhosos
Um dia também serão poderosos
Sairão ao pai, tenho certeza, sim
Têm o teu cheirinho a jasmim
E já vão querendo namorar
Mas eles têm que estudar
Inebriados éramos assim
lV
Vou-te escrever todos os dias
Mesmo que tu não possas ler
Mas sei que ficas a saber
Através das minhas poesias
Ainda me lembro como rias
Com teu ar galanteador
Tenho saudades meu amor
Mas já não quero mais chorar
Prefiro antes recordar…
Um Mundo inteiro em Flor.
Mª Custódia Pereira
(Biazocas)
20-11-2006 _ Portugal
2h30m
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