Poesia
F. Corte Real

 

 

 

NA CORDA BAMBA

 F. Corte real

 

Era apenas um raio de Sol na atmosfera...

Sómente o choro de uma criança a nascer

Eram os pássaros a chamar a Primavera

E alguns a decidir quem vai ou não morrer.

 

Na boca uma questão que não faz sentido

Nem o corpo deseja os traumas provocados

Que se houver pão há um útero protegido

E na corda bamba só andam os desleixados.

 

O dia compunha-se de uma prenhe realidade

Algo suspeito que nos faz pensar na vida...

E se houver um sismo de grande intensidade

Quem se fina ou não, é coisa já decidida?.

 

Da corda bamba saltam vozes e demagogia

Somos o Martim Moniz do sacrificio ignorado

Estamos entalados na porta da democracia

Onde só os ricos têm o tratamento desejado.

 

Quem quer...pode e manda.Hoje descobriu

Que há uma fonte de rendimento a explorar

Vida e morte têm leis de quem nunca pariu

Nem quis dar à mulher a liberdade de optar.

 

Destruir a Terra porque se conquistou a Lua

É negar a vida a quem não pode lá viver...

Tudo tem o seu tempo e eu na minha rua...

Queria mais crianças a brincar e a crescer.

 

F. Corte Real

Barronhos,01 de Fevereiro de 2007 

 

 

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