Para quem
não sabia, aqui ficou e poeticamente muito bem construída a
estória desta ave, ao que parece, apenas mitológica.
Aqui fica o meu contributo com o que se conhece sobre o assunto:
"FENIX
Ave mitológica de grande porte que merecia o título de animal mais
raro da face da terra, simplesmente por ser a única da sua
espécie.
Fénix possuía uma parte da plumagem feita de ouro e a outra
colorida de um vermelho incomparável.
Era do tamanho de uma águia. A isso ainda aliava uma longevidade
jamais observada em nenhum outro animal.
O seu habitat eram os desertos escaldantes e inóspitos da Arábia,
o que justificava a sua fama de quase nunca ter sido vista por
ninguém.
Quando Fénix percebia que sua vida secular estava a chegar ao fim,
fazia um ninho com ervas aromáticas, que entrava em combustão ao
ser exposto aos raios do Sol. Em seguida, atirava-se às chamas
para ser consumida até quase não deixar vestígios. Do pouco que
sobrava dos seus restos mortais, arrastava-se milagrosamente uma
espécie de verme que se desenvolvia de maneira rápida para se
transformar numa nova ave, idêntica à que havia morrido.
A crença nessa ave lendária figura na mitologia de vários e
diferentes povos antigos, tais como gregos, egípcios e chineses.
Apesar disso, em todas essas civilizações, o seu mito preserva o
mesmo significado simbólico: o renascer das próprias cinzas.
Até hoje, essa ideia é bastante conhecida e explorada
simbolicamente.
O mito de Fénix foi interpretado na era cristã como um símbolo de
ressurreição e foi retratada num grande número de monumentos
antigos. No Oriente a ave virou símbolo de felicidade, virtude e
inteligência. Na mitologia grega, Fénix representa o Sol que morre
à noite e renasce pela manhã tornando-se o eterno símbolo da morte
e do renascimento da natureza."
Texto adquirido através de pesquisa.
Maria Melo
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Canta ó Fénix meu pássaro de fogo
entre o sal das palavras celebradas
ardem-te as penas nesse vinho novo
velhices em carvalho amortalhadas
Canta e agora joga nesse jogo
duma música de sons adocicados
comunga na dança da roda do povo
exorcizar a dor lava o pecado
Canta na alma e move os sentidos
naquela cadência que me inebria
e leva na palma terreiros batidos
dá-me a inocência do raiar do dia
31/03/08
Mavilde Lobo Costas
(In Ad eternum)
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Minha cara
amiga, como gostei, não resisti e respondo assim…
Dá-me a inocência do raiar do dia
Qual parto diário esperanças gerando…
O sentir do calor que teu corpo irradia
Teus lábios, bom vento, meus lábios beijando.
Canta, qual musa, nesse tom que me embala
E me toma d’amor em lençóis de pecado…
Exorciza esse medo que teu corpo não cala
Cavalga prazeres em meu corpo alado.
Sou Fénix, amor, teu pássaro de fogo…
Poisado em teus sonhos de rosa pintados,
Esperando, na sombra, entrada no jogo…
O desejo e paixão… os trunfos jogados.
Abgalvão
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Também gostei
e não resisti a entrar na dança:
Bailam os dois na roda do fogo
Com asas nos pés, o vento na fala
De sangue a ferver, que é sangue novo
E o corpo balança despido de gala
As línguas molhadas tocam labaredas
E a música vem do seu interior
Em ondas sonoras de altas requebras
De nuvens tão ébrias do próprio suor
E tudo resume o pássaro livre
Nascido das cinzas para a alvorada
Dum sonho tão nobre que o amor revive
No fogo sem lume de alma lavada
Maria Melo
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Desejo e paixão os trunfos jogados
caidos no chão na areia molhada
sem hesitação atiro os meus dados
tento a minha sorte em cada
jogada.
Ficam meus dedos ardendo no jogo
doce sedução que da lua me vem
tiro das cinzas meu pássaro de
fogo
sou Fénix que irrompe aqui e além.
Estende-se o meu canto no sonho a
crescer,
o desencanto em águas de lume
recolho o meu pranto na raiva a
arder.
Sigo na rota que me dá alento
sorvo vinho novo e seu perfume
Da poesia retiro o sustento.
OdeteNazário
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Fénix
Pássaro de fogo que me extasia
a alma em ardor, rutilando no mundo,
meu prazer de ti, em febre, sacia
as entranhas de meu corpo fecundo
Renasceste das cinzas, ave d'amor,
o teu fogo, labareda e fumo,
traz meu desejo, botão rosa em flor,
na sombra de sonhos que consumo
Lágrima caindo, em oração beijada,
apaga teu fulgor, fonte de lumes,
minha inocência por ti roubada
morre no meu ser, todo ele queixumes
Júlia Molico
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FÉNIX
Mil anos voei sobre um mundo louco
Mil anos sofri ao ver sofrimento;
Mil anos me deram o nada ou o pouco
Mas nunca em mil anos perdi meu alento!
Mil anos olhei as mágoas, as dores
Tidas em silêncio pela humanidade;
Mil anos chorei por tantos horrores
Invejas, ciúmes, ódios, crueldade!
Mas amava o Sol. E ao cair da tarde,
Tão embevecido como olhas quem amas,
Via essa beleza do astro que arde
E nos sai da vista ao morrer em chamas.
Mil anos olhei, de alma extasiada,
Sonhei seu caminho, o que sempre fez:
Ardia na tarde... vinha a alvorada
Subia horizontes, sorrindo outra vez!
Então num impulso meu fogo ateei
Entrei no meu lume, gritei e ardi.
Como o Sol que amava também eu voltei
Das cinzas do tempo também renasci.
Quero uma alvorada vestida de esperança
Que o amor no mundo fará um jardim!
Sou Fénix, teu pássaro, teu Homem-Criança
Vai buscar teus sonhos, de olhos em mim!
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Fénix
Este Mundo insano
Eu sobrevoei,
Vi tanta dor,
Sofri e chorei...
Meu voo segui,
Então procurei:
- Num cantinho da Terra,
Um pouco de paz...
- Foi puro engano,
Não encontrei!
Num fogo de Esperança...
Então mergulhei!
Renascer das cinzas...
Eu fui capaz!
Sou pássaro da vida...
Da Esperança perdida,
Sou sonhos de ti...
Numa auréola de fogo,
Ateei guerras e dores ...
Desenganos de amores ...
E depois...depois, renasci!
Vida secular,
Repleta de Esperança.
Com Plumas de ouro,
De alto rubor...
Sou pássaro,
Sou símbolo do amor...
Dos sonhos perdidos,
P'la humanidade...
Do ventre renascidos
Para a Eternidade;
Sou Fénix das cinzas,
Com muito glamor!
Cecília Rodrigues
Março-2008
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"Imagem Google"Fundo _ Formatado
por _ Cecília
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