"Revolução dos Cravos" 25 de Abril _ 1974 Longe estava eu, quando tudo isto aconteceu. ( Rio de Janeiro) Podia sentir o alívio de um povo mesmo à distancia, de uma lembrança longínqua, ainda criança, quando o silêncio era parte de nossos dias, e uma avó preocupada, nos ensinava que até as paredes tinham ouvidos. Trago-vos aqui, alguns poemas sentidos de poetas que viveram alguns os verdadeiros momentos da Liberdade, outros apenas expressam a liberdade que há cada um. Como fundo musical, vos deixo esta relíquia portuguesa, "Grândola Vila Morena " e a não menos relíquia voz de "Amália Rodrigues" a Embaixatriz do Fado. nesta canção parte da história de um povo! Desejando ser do agrado de todos os nossos leitores, desejo-lhes boa leitura . Comentários :__Cecília Rodrigues _Webmaster Autores: Cecília Rodrigues___Joaquim Sustelo___Denise Figueiredo___Sueli do Espírito santo___Mavilde Costa ___Maria Ivone Vairinho___Mar( T.E.)___Eva Luna( Odete Nazário )___Augusta Franco ( Ludus )___Arlete Piedade em prosa___Alexa Wolf___Rosa Dabreu Serrano___Jorge Assunção___Marise Ribeiro___
Revolução dos cravos O levantamento militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo, que cederam perante o movimento popular que rapidamente apoiou os militares. Este levantamento é conhecido por 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levantamento foi conduzido pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução devolveu a liberdade ao povo português (denominando-se "dia da Liberdade" ao feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.(Redireccionado de 25 de Abril de 1974)
Euclides Cavaco Clik
Dia da liberdade
Foi num dia lindo, era Primavera
Mas á distância, mesmo desarmado,
Portugal Poema editado em Antologia Poética _ Dois povos um destino_2006
Portugal
Denise Figueiredo Brasil
CRAVOS PERFUMADOS
Vinte e cinco de Abril Mavilde Costa__Portugal Foi do escuro, da
ignorância e da guerra, Foi em Abril, 25, Primavera, Foram armas, foram cravos, foram gentes… Estar alerta! É o conselho que cá deixo; Mavilde Lobo Costa Portugal
25 DE ABRIL
Maria Ivone Vairinho_Portugal
Era jovem como a revolução
na boca trazia uma canção
de igualdade
fraternidade
Povo sou
e vim para a rua
de olhos espantados
maravilhados
no peito uma emoção
os pulsos libertos
das grilhetas da opressão
um cravo recebendo
um beijo trocando
na Festa da Liberdade
Maria Ivone Vairinho
Portugal
Cravo de Abril
Plantado em Terra-Pátria
Com mãos sofridas
De guerras travadas
Traições cobardes
Mortes infames
Vozes aprisionadas
Tem cheiro a liberdade
Tem a cor da madrugada
A força da fraternidade
O sorriso da esperança
Não deixem morrer o cravo!
Mar
(T.E.)Portugal
É Abril!
E o poema cantado Despertou a madrugada. Da espingarda do soldado Saiu a flor encarnada, A razão e a utopia… E em meu país renovado Nasceu a Democracia.
Nesse Abril,
Choveram cravos vermelhos Sobre as correntes quebradas Das bocas amordaçadas. Ruíram conceitos velhos… Fugiram os ditadores E as feras do covil. Acabaram-se os horrores!
Neste Abril,
Há um país a lutar Quer Saúde…Educação. Crianças…sempre a chorar Idosos… na solidão. E não é justo o que eu vejo, Aqui, à esquerda do Tejo O povo chora…sem pão.
Neste Abril,
Meu pensamento a voar Num Portugal adiado Meu verso sempre a rimar Com meu país…maltratado. E por mais que alguém nos berre Que temos evolução Eu ponho sempre o tal R Na nossa Revolução.
Neste Abril,
Não morre a minha esperança. Cantarei a alvorada Na força das palavras, na balada. Enquanto o meu coração bater, E nos meus olhos brilhar a claridade Eu sempre bem alto vou dizer: Viva o Abril…da nossa Liberdade!
Eva Luna ( Odete Nazário )
Portugal
O tempo... e as flores ( Ou o 25 de Abril de hoje ) não sei se o tempo...hoje é de cravos ou é de rosas os bravos já não têm idade a liberdade mora nas prosas trocaram-se os sonhos ou viraram-se às avessas servem-se os ideais em recepções nas mais belas travessas
nasce este tempo duro da pobreza parto rasgado na vertigem da riqueza
nasce este tempo ausente coração de cinza palavra que mente e a indiferença é a arma com que feres
este tempo...hoje só pode ser de malmequeres Augusta Franco ( ludus ) Portugal
Recordações de 25 de Abril de 1974
Estava uma manhã linda de primavera, com aquele leve manto de neblina que dava um ar suave ás árvores e ruas da minha cidade, enquanto me encaminhava a pé para o trabalho, como habitualmente. No entanto havia algo estranho no ar...uma expectativa, um silêncio, como se tudo esperasse uma mudança inevitável e anunciada desde há muito. De repente na minha caminhada, algo chamou-me a atenção, um troar longínquo e bem alto de motores de aviões em formação que se deslocavam velozmente. Á chegada ao trabalho, os colegas sentiam a mesma atmosfera de expectativa e estavam inquietos, indo á varanda envidraçada do primeiro andar do prédio antigo onde estava situado o escritório, e procurando na rua estreita, alguém ou algo que fornecesse respostas. Em frente havia uma pastelaria, onde habitualmente íamos beber o café da manhã e alguém disse que parece que tinha havido uma revolução, e que as tropas tinham ido para Lisboa. Na excitação de tal notícia, já pouco trabalhámos durante a manhã, procurando ouvir a rádio para saber notícias ou descendo á rua para falarmos com as pessoas que passavam. Até que chegou o chefe, e confirmou que era verdade, que estava uma revolução em marcha e que podíamos ir para casa até se saber o que ia acontecer. Então fomos para casa e ficámos colados aos rádios e aparelhos de TV, vendo os nossos valorosos soldados comandados pelo nosso querido capitão Salgueiro Maia, ir tomando rua após rua, quarteis e ministérios, até á rendição final do chefe do governo. Das armas enfeitadas com cravos vermelhos, nenhum tiro foi disparado, graças á estratégia desse célebre capitão que saiu durante a madrugada á frente das colunas, da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, minha cidade, em direcção a Lisboa para restituir a liberdade a um povo amordaçado. Do resto fala a história, apenas quiz recordar como vi esse primeiro dia 25 de Abril, aos meus 17 anos de idade. Arlete Piedade A ser publicado na edição de 25 de Abril de 2006 do Jornal'Ecos
25 de Abril Alexa Wolf
OS BARÕES ASSINALADOS I Rosa Dabreu Serrano Portugal
Parabéns, Portugal!
Marise Ribeiro
Em 25 de Abril eclodiu a revolução dos cravos Sem sangue e sem a condecoração de soldados bravos Apenas flores nas fardas ou nos fuzis Derrubaram a ditadura de um País.
Oprimidos sob um regime autoritário A nação portuguesa adere com veemência E num sentimento soando libertário Colónias portuguesas obtêm sua independência.
Portugal hoje respira desenvolvimento Graças à união e força de seu povo O “Dia da Liberdade” é um lindo congraçamento É como se comemorar um Ano Novo.
25/04/06
Respeite os direitos autorais. Todos os poemas aqui postados têm a autorização dos autores
|