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És o
refúgio dos aflitos...és a paz dentre os conflitos ...és
união onde há guerra...és a paz aqui na Terra...és o
toque de magia ...onde tudo se delicía ...és a Rainha
...és tu Poesia!!!!

Raquel...Bernardino...um casal que canta e encanta este
mundo poético...leiam...palavras para que??
Obrigada Poetas!
Cecília Rodrigues

[Euclides
Cavaco_clik] [Ana
Maria Zacagnino]

O Poeta
É Amor: de Raquel Caminha Matos
Ah! Se Eu Fosse Poeta!: de Bernardino Matos


Raquel Caminha Matos
(Princesa)
O poeta é alma, é fantasia é amor.
Para ele, tudo é motivo para escrever.
Ele é romântico, ama as flores,
as cachoeiras, as verdes matas,
o perfume de uma mulher,
o seu jeito de andar.
Surgiu a lua, bateu forte seu coração,
pronto, nasceu o seu poetar.
O poeta é amor...
A noite coloca seu manto, senta
numa mesinha de canto, pega sua caneta,
talvez um charuto, um drink,
seu olhar distante, busca sua inspiração.
Mas está dentro dele, é de lá que ele
arranca a beleza do seu poema, em forma de canção.
O poeta é amor...
Estando em sua plenitude, com os encantos
da noite, ele imagina amando uma linda mulher.
Morde a ponta da caneta,
cantarola uma canção, mesmo desafinado
e se enche de emoção.
Sua amada surge, ali, na sua frente,
ele começa a escrever, mas ciente que ela
é fruto da sua imaginação.
O poeta é amor...
Ele se permite viver nos encantos da noite.
As estrelas para ele, são diamantes, e os raios
que delas emitem, vão colorindo seu mundo romântico.
Mais um motivo para outra inspiração.
O poeta é amor...
Ele procura lugares silenciosos,
para ouvir a canção da noite, no bater das folhas,
nos pingos da chuva, relva molhada, cheirinho da mata.
Para ele, são notas musicais tocada por anjos
soando uma linda canção.
Nesse momento mágico, o poeta sente aquele calor.
Chegou à inspiração, ela em sua visão,
a musa que ele ama.
Rapidamente ele começa a escrever,
mesmo ciente que é fruto
da sua imaginação.
Porque... o poeta é só amor!


Bernardino Matos.
Ah! se eu fosse poeta, para em versos traduzir,
a forte emoção que sinto quando o sol clareia,
no rompante da manhã, pra dizer do meu sentir,
para falar do meu amor em noite de lua cheia.
Ah! se eu fosse poeta , para tua varanda alcançar,
e com palavras doces, na força de um poema,
através de tua vidraça, baixinho, a sussurrar,
falar ao teu ouvido: amor, você agora é meu tema.
Ah! se eu fosse poeta, para assumir teu sofrer,
para chorar por ti, quando a saudade viesse,
para acalmar teu coração e melhorar teu viver,
eu seria tão feliz, como se no paraíso estivesse.
Ah! se eu fosse poeta, para contigo vivenciar,
a suavidade da doçura na força do acalanto,
de uma mãe que se debruça para poder ninar,
sua criança adormecida,que amanhã vai sonhar.
Ah! se eu fosse poeta, para poder compartilhar,
a amargura da solidão de um pobre solitário,
que nem um ombro amigo ele encontra pra chorar,
eu poderia amenizar a dor desse triste itinerário.
Ah! se eu fosse poeta, para poder amparar,
cada menino de rua e sua infância devolver,
para vê-lo sorrir, correr, soltar pipa, jogar,
para matar sua fome e feliz vê-lo crescer.
Ah! se eu fosse poeta, para poder consolar,
os enfermos, que estão tristes aguardando,
o desfecho fatal , esperando a morte chegar,
para dizer-lhes a eternidade está chegando.
Ah! se eu fosse poeta, para unir os corações,
sofridos, aparar as arestas, fazer predominar,
a força do amor, da paz, da ternura das emoções,
eu espalharia flores, nesse novo caminhar.
Ah! se eu fosse poeta, para acolher os velhinhos,
abandonados, sofridos, perdidos, desolados,
para repor seus sonhos, devolver-lhes os carinhos,
dos filhos, dos netos, de amor serem cercados.
Ah! se eu fosse poeta, para em prosa e verso exaltar,
a beleza da natureza e me ajoelhar agradecido,
a Deus por toda essa riqueza nos disponibilizar,
e pedir-lhe perdão por ter, às vezes, esmorecido.
Alguém poderá me questionar, dentro da racionalidade,
não precisa ser poeta, para tudo isto entender e
praticar,
e eu respondo com segurança, na força da verdade,
somente o poeta é capaz de a dor e o amor expressar.
Para, porém, traduzir na veracidade da poesia,
todas as agruras e as desilusões da humanidade,
é preciso, de fato, ser poeta, pois ele entoa a
sinfonia,
emite o som da dor, o sussurro do amor, o sufoco da
saudade.
Fortaleza, 17 de março de 2006.
Obs: Esse poema foi editado na Sala de Poetas - Efigênia
Coutinho

Dia
Internacional da Poesia
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Imagens de fundo e topo formatadas por Cecília
Rodrigues |
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