SEMPRE HÁ
NATAL!...
Ruas frias
de calor
humano,
escuridão que
ronda,
sombra que
assombra,
ao ver qualquer
vulto
me
assusto,
me escondo
em
escombros.
Final dos
tempos!
Chuva negra de
discriminação
embaça a
magia,
nuvens densas de
fumaças
encobrem a
agonia,
passa o
vento
anunciando,
foi adiado o
advento...
Um ruído
ensurdecedor,
estilhaçando
vidraças
e tudo que por ali
passa.
O solo é
matizado
pelo sangue
dos
injustiçados.
Desce um silêncio
mortal,
caem do céu gotas de
dor.
Por falta de
caridade e amor
a vida fenece entre
gemidos,
gritos e
lamentos
neste mundo
desigual
e finitamente
ilusório,
onde o presente
imprevidente
esmaga o futuro,
inadvertidamente,
erguendo um muro de
espinhos
entre seus irmãos
vizinhos,
separando a humanidade
pela crença e pela
cor,
numa constante
guerra
que nunca
encerra...
Não consigo
entender
e gostaria de
saber,
o porquê da
segregação
se a alma é
igual.
Lamenta a mãe ,de
luto
pelo seu
fruto,
que não
florescerá;
chora a
criança
que ainda
pequenina,
perdeu a
esperança
diante de tanto
mal.
A descrença na
paz
é dispersa,
pela mão
perversa
que tudo
desfaz.
Mas ainda assim,
SEMPRE HÁ
NATAL!...
Anna
Peralva
04/12/2006
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