...com duas amigas no coração...uma a quem morreu a mãe...e outra a filha...nestes dias feridos e cinzentos espalhados em pedaços pelo vento...que habitam hoje a nossa emoção...
 

Quando a morte nos atravessa

 

chove
sinto um murmúrio
que me comove
canto de um muro
transparente
cortina de chuva
tão fria se sente
nem o calor da lareira
me aquece
de repente esta escuridão
o frio e o cinzento
habitam a natureza
a asa é ferina
o canto é negro
o pássaro da tristeza...
e voa a emoção
no rodopio agreste do vento
a morte constrói o seu tempo
neste ciclo da criação
sangra a alma
uma e outra vez
mas se é livre
e Te Habita
explica-nos por favor
esta nossa pequenez...
 
ludus (4/3/06)

Augusta Franco

 

 
Todos os direitos reservados a autora
 

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