Meu
poema proibido
Por Denise Figueiredo
De amor devo falar
Contar coisas que acontecem
Mesmo que seja do engano
De um pobre coração brejeiro
Coração desencantado
Entre ideias e tormentos
Palavras ditas ao vento
Para encher o seu interior
Contar casos e prosas
De amores e desamores
De perdidas noites de insónia
Por ser seu amor só uma paixão passageira
Isso tudo posso contar
Das tristezas até cantar
Só não posso é gritar
Essa vida assim não dá!!!
Quero pão e não tenho
A água já vai faltar
A floresta pega fogo
Furacões entram casa à dentro
É a terra que está chorando
Chora também o Criador
Suas lágrimas molham a todos
Em ruas que alagam a terra
Querem mel de palavras doces
Bom seria se assim não fosse
Crianças a dormir nas ruas
Idosos nos bancos das praças
Pais de famílias não têm como comprar o pão
É esse o retrato de nossa nação
O que escrevemos não é mera falação
É por viver esse quadro de dor e desolação!
Denise Figueiredo
Todos os direitos reservados a autora
Imagem de fundo, encontrada sem autoria ,
formatada por Cecília Rodrigues