Na Minha Rua

Ciranda

Página _ Fernando Corte Real )

 

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Ao publicar este pequeno poema , na página da APP( Associação Portuguesa de Poetas )...e mediante respostas seguintes dos amigos , Sustelo e Benilde Fontinha ...sugeri, que fizéssemos uma continuação...pois creio todos nós devemos ter um sentimento especial pela nossa rua , onde estão por vezes guardadas belas estórias de amor , ou de dor , e mesmo sem ter um jardim, pelas janelas do nosso olhar ,  uma beleza rara plantada nas bermas, e as nossas pedras tem mais brilho, ali onde se escondem os nossos passos todos os dias e ao ver-nos passar , até elas ( as pedras) fazem-nos uma vénia num cumprimento silente!!
 
 Sorriem à minha chegada...lapidam um brilho de saudade...e do caminho à entrada... ai que alegria me invade  !!
 
Comentário: Cecília Rodrigues
 
Imagem de fundo "Dório Gomes_Quadro"_Formatado por Cecília
Fonte _Google
 
 

Na Minha Rua

F. Corte real 

 

No chão da minha rua

Há a imagem...

Das crianças atrofiadas e esmagadas

Pelas atrocidades da vida.

E há a Lua...

Que ilumina o que falta na coragem

Das pessoas enganadas

Em nome da liberdade pretendida.

Na minha rua não há Deus?.

É que esta gente nasce e morre...

Com cara de quem nunca o conheceu.

E não há mar...

Nem sensações diferentes dos beijos meus.

Até as águas que correm...

São inundas como algo que apodreceu...

Na valeta do findar.

Neste chão que não é sagrado

Há uma voz que se levanta...

Coisas novas que é preciso conhecer.

E até há um sonho...

As crianças de corpo e alma sem pecado

Brincando com aquilo que as encanta

E vê-se que gostam de viver...

Na minha rua. Suponho.

 

F.Corte Real

Portugal

 

RR 

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