Ao publicar este pequeno poema , na página da APP( Associação
Portuguesa de Poetas )...e mediante respostas seguintes dos
amigos , Sustelo e Benilde Fontinha ...sugeri, que fizéssemos
uma continuação...pois creio todos nós devemos ter um sentimento
especial pela nossa rua , onde estão por vezes guardadas belas
estórias de amor , ou de dor , e mesmo sem ter um jardim, pelas
janelas do nosso olhar , uma beleza rara
plantada nas bermas, e as nossas pedras tem mais brilho, ali
onde se escondem os nossos passos todos os dias e ao ver-nos
passar , até elas ( as pedras) fazem-nos uma vénia num
cumprimento silente!!
Sorriem à minha chegada...lapidam um brilho de saudade...e do
caminho à entrada... ai que alegria me invade !!
Comentário: Cecília Rodrigues
Imagem de fundo "Dório Gomes_Quadro"_Formatado por Cecília
Fonte _Google
Na Minha Rua
F. Corte real
No chão da minha rua
Há a imagem...
Das crianças atrofiadas e esmagadas
Pelas atrocidades da vida.
E há a Lua...
Que ilumina o que falta na coragem
Das pessoas enganadas
Em nome da liberdade pretendida.
Na minha rua não há Deus?.
É que esta gente nasce e morre...
Com cara de quem nunca o conheceu.
E não há mar...
Nem sensações diferentes dos beijos meus.
Até as águas que correm...
São inundas como algo que apodreceu...
Na valeta do findar.
Neste chão que não é sagrado
Há uma voz que se levanta...
Coisas novas que é preciso conhecer.
E até há um sonho...
As crianças de corpo e alma sem pecado
Brincando com aquilo que as encanta
E vê-se que gostam de viver...
Na minha rua. Suponho.
F.Corte Real
Portugal
RR
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