Abro o céu pelo bordado das estrelas,
vejo a alma de uma vida incessante,
ilumino o meu planeta à luz de velas,
no quarto, ligo um globo, estou distante!
Rasgo a calma exterior ao meu pulmão,
respirando de uma forma alterada,
descobri uma nova constelação,
quatro versos numa rima cruzada !
Libertando cá de dentro uma fome,
de condensar todo o mundo num poema,
e mesmo quando o tempo traz ciclone,
bebo frases, rimo imenso, mato a pena !
Chega então aquela hora de partir,
apagar aquele pavio ainda aceso,
um planeta que em velas me faz sorrir,
um poema que da maldade me tira, ileso