Minha Rua

Ciranda

Página _ Graça Araújo Vitorino Melo

 

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Ao publicar este pequeno poema , na página da APP( Associação Portuguesa de Poetas )...e mediante respostas seguintes dos amigos , Sustelo e Benilde Fontinha ...sugeri, que fizéssemos uma continuação...pois creio todos nós devemos ter um sentimento especial pela nossa rua , onde estão por vezes guardadas belas estórias de amor , ou de dor , e mesmo sem ter um jardim, pelas janelas do nosso olhar ,  uma beleza rara plantada nas bermas, e as nossas pedras tem mais brilho, ali onde se escondem os nossos passos todos os dias e ao ver-nos passar , até elas ( as pedras) fazem-nos uma vénia num cumprimento silente!!
 
 Sorriem à minha chegada...lapidam um brilho de saudade...e do caminho à entrada... ai que alegria me invade  !!
 
Comentário: Cecília Rodrigues
 
Imagem de topo "Chaplin_auto retrato"_Formatado por Cecília
Fonte _Google
 

Janela indiscreta


Da minha rua, bem perto

há um prédio interessante

Há dias em que desperto

paro, olho-o um instante



Por uma janela aberta

uma vizinha aparece

crendo a rua deserta

de se vestir se esquece



Noutra janela se vê

p'la cortina transparente

um vulto nem sei de quê

um "dois em um" aparente



Janela não, janela sim

há alguma luz acesa

um toque de clarim

comida quente na mesa



Há criançada a correr

pelos corredores escuros

a brincar de se esconder

dentro de casa, seguros



Antes, na rua minha

as risadas ecoavam

das conversas da vizinha

dos putos que lá brincavam



Esta rua está diferente

hoje em dia mais deserta

sabemos que há nela "Gente"

por cada janela aberta



A essa Janela indiscreta

sorrio pela razão

de encher minha caneta

com cenas d'ocasião

Maria Melo
Portugal

RR 

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