Minha Rua

Ciranda

Página de autor participante _ Joaquim Sustelo

 

Voltar Menu Ciranda

 
Ao publicar este pequeno poema , na página da APP( Associação Portuguesa de Poetas )...e mediante respostas seguintes dos amigos , Sustelo e Benilde Fontinha ...sugeri, que fizéssemos uma continuação...pois creio todos nós devemos ter um sentimento especial pela nossa rua , onde estão por vezes guardadas belas estórias de amor , ou de dor , e mesmo sem ter um jardim, pelas janelas do nosso olhar , vemos  uma beleza rara plantada nas bermas, e as nossas pedras tem mais brilho, ali onde se escondem os nossos passos todos os dias e ao ver-nos passar , até elas ( as pedras) fazem-nos uma vénia num cumprimento silente!!
 
 Sorriem à minha chegada...lapidam um brilho de saudade...e do caminho à entrada... ai que alegria me invade  !!
 
Comentário: Cecília Rodrigues
 
Imagem de fundo "Dório Gomes-quadro"_Formatado por Cecília
Fonte _Google
 
 
 
A MINHA RUA
(Na sequência da sugestão da Cecília)

A minha rua
é uma rua pequenina;
Duma esquina à outra esquina
vão poucos metros até...

Sem mesmo que se conclua
que tenha um tal nome assim
pois rua é que ela não é,

já que acaba mal começa
e a chamaram de "travessa."

Seja de carro ou a pé
percorre-se bem depressa.

Mas é uma rua "curtida..."
Nasce a meio duma subida
entre um Parque e uma Alameda

Onde o amor se segreda
tal como em outra qualquer;
Onde digo e oiço dizer
"Bom dia! Então como vai?"

E pró trabalho se sai
com mais ou menos alento
a pensar no que se espera...
(mas também no cumprimento!)

Não tem muitas arvorezinhas;
Não lhe deram esse encanto;
Umas cinco ou seis se tanto
que até são minhas vizinhas:

Quando debruço à janela
lá estão elas num recanto
mas numa "pose" tão bela
por sob a minha cozinha

Depois e seguindo a linha
vejo a Alameda ao fundo;
Que já é jardim fecundo
com a árvore, a florzinha...

Do outro lado (o oposto),
Inda tenho um outro gosto:
Ver meninos a brincar;
que há escola, de pequeninos
com meninas e meninos
por lá sempre a saltitar

Há um banquinho na frente
está à sombra normalmente
que o calor é um sufoco!
É onde se senta a gente
conversa amigavelmente
e descansa ali um pouco

Eu gosto da minha rua!

E às vezes à luz da lua
lá quando o sol nos desanda,
chego a ficar na varanda
a pensar em tanto tema
do Mundo onde me insiro!
Às vezes nesse retiro
é que me sai um poema.

Joaquim Sustelo
Portugal
 

Todos os direitos reservados ao autor

Menu

E-Mail

Livro de Visitas

Livro visitas 2

Cirandas

+Poemas

Poetas