Minha Rua

Ciranda

Página _ Odete Nazário

 

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Ao publicar este pequeno poema , na página da APP( Associação Portuguesa de Poetas )...e mediante respostas seguintes dos amigos , Sustelo e Benilde Fontinha ...sugeri, que fizéssemos uma continuação...pois creio todos nós devemos ter um sentimento especial pela nossa rua , onde estão por vezes guardadas belas estórias de amor , ou de dor , e mesmo sem ter um jardim, pelas janelas do nosso olhar ,  uma beleza rara plantada nas bermas, e as nossas pedras tem mais brilho, ali onde se escondem os nossos passos todos os dias e ao ver-nos passar , até elas ( as pedras) fazem-nos uma vénia num cumprimento silente!!
 
 Sorriem à minha chegada...lapidam um brilho de saudade...e do caminho à entrada... ai que alegria me invade  !!
 
Comentário: Cecília Rodrigues
 
Imagem de topo "Chaplin_auto retrato"_Formatado por Cecília
Fonte _Google
 

A minha rua
 

A minha rua
Em reminiscências de infância.
São memórias
Bem guardadas
De liberdade e magia
Amizade…fantasia
Histórias
De bruxas ou de fadas
Contadas à luz da lua
Nas noites quentes de Verão
A minha rua
Sem perigos e sem barreiras.
Do Santo António no altar
Da caixinha do tostão
Das fogueiras
Das alegres brincadeiras…
Da corda para saltar,
Da passagem da falua,
Das mãos dadas
Em grandes rodas de amigas
Das cantigas
Das corridas
E das risadas felizes.
 
Na minha rua
Já não se pode brincar.
Existe agora a calçada
Atravessada
Pelo negro alcatrão.
Quase não vejo o luar
Há outra luz muito intensa.
Mora nela a solidão
E a profunda indiferença.
Mas tem as minhas raízes
Que jamais se arrancarão!
 
EvaLuna
 
Portugal

 RR 

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