Na sombra dum silêncio
consentido,
Na melodia do mar, na madrugada
Meu corpo paira meio adormecido
Num tempo que foi tudo ou quase nada.
Repousa o meu olhar no teu
retrato
Olho o teu sorriso ali suspenso
No instante que o tempo deixa intacto
No tempo desse instante tão intenso.
Diante do teu rosto
iluminado
Bateu forte a saudade no meu peito
Meu amor ausente, sonho desfeito
Cântico, no meu tempo
renovado.
Na tua luz eu sempre me agiganto
E em cada verso meu, hoje te canto!