Ai Se Lisboa Fosse minha !

Vista Lisboa À Noite

Imagem _Google

Tudo começou com um poema do poeta Euclides Cavaco, logo se fizeram seguir réplicas, enlevados por este tema apaixonante...poetas e poetisas se renderam aos encantos da nossa sempre "Menina e Moça" Lisboa

 
Sendo assim, também não resisti a formatar estes lindos poemas , que farão parte deste site para que o mundo, se delicie com estas maravilhas poéticas da actualidade ...
 
Comentários _ Cecília Rodrigues
 
 
Autores:
 
Euclides Cavaco Gui Oliva Eugénio de sá Cecília Rodr.
       
Fernando Reis Tere Penhabe Filomena Ribei. Helô Abreu
       
António Cícero      
 
 
 
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Se Lisboa Fosse Minha
 
Euclides cavaco
 
 
Se Lisboa fosse minha
Como é do rio Tejo
Punha a margem ribeirinha
Toda bordada a azulejo…
 
Se Lisboa fosse minha
Como é dos monumentos
Cantava-a em tom alfacinha
Em verso à Rosa-dos-Ventos.
 
Ai...Se Lisboa fosse minha
Fazia dela um modelo
Para ser visto à noitinha
Do alto do seu castelo.
 
Se Lisboa fosse minha
Talvez fosse mais feliz
Por ela ser a rainha
Das terras do meu País.
 
Ai... Se Lisboa fosse minha
Como ardina dava brado
Nos jornais de manhãzinha
E à noite cantava o fado !...
 

Euclides Cavaco
 

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SE LISBOA FOSSE MINHA
 
Gui Oliva

 

 
Se Lisboa fosse minha
como é de suas gaivotas,
eu me tornava uma delas
voando, além-mar, dengosa
 

Se Lisboa fosse minha
pelo rio assim banhada,
também mais uma eu seria
do Tejo...sua namorada
 

Se Lisboa fosse minha
como é dos seus fiéis,
adocicada eu seria,
de Belém por seus pastéis!
 

Se Lisboa fosse minha,
seu amor tão encantado
por certo me envolveria,
ao ouvir o som do seu fado
 

Se Lisboa fosse minha
eu diria...agora todos os dias eu quero,
ver o Tejo beijando a cidade,
do alto Monte do Castelo
 

Se Lisboa fosse minha,
se tal fosse realidade,
nesta quadra da vida diria:
Ah! Lisboa querida
de ti não mais só saudade!
 

Santos/SP/Brasil
04/03/07

 


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Já foste minha, Lisboa
 
Eugénio de Sá
 

Manhãs lindas, Tejo fora
gaivotas vêm pousar
no meu batel que ele aflora
e leva com rumo ao mar
 

Trazem-me aos olhos maresias
as mágoas do coração
que navegam todo o dia
neste Tejo de emoção
 

Do Castelo à Mouraria
e da Graça à Madragoa
há todo um rio de estesia
nesta tão linda Lisboa
 

Vou a Belém ver de novo
rendas de pedra em aresta
contando como este povo
transformou a história em gesta
 

Ah, Lisboa dos pregões
das varinas, dos ardinas
hoje já não tens grilhões
que prendam os alfacinhas
 

E da outra banda vejo
dos cacilheiros a partida
que bailam com o meu Tejo
nas maretas desta vida
 

Tenho névoas na saudade
quando me lembro de ti
Lisboa não tens idade
sempre menina te vi
 

Ficam-me os olhos lembrados
de Lisboa a sua graça
Hoje vivo noutros lados
já não vejo quem lá passa
 
 
 

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Ai se Lisboa fosse minha
 
Cecília Rodrigues

 

 
Ai se Lisboa fosse minha
Era mais feliz meu versejo
Debruçada sobre o Tejo
como uma prece cantava
Debruado do mais puro linho
Era o fado malandrinho
Que aquele berço me inspirava
 
 
 
Ai se Lisboa fosse minha
Sei que seria a mais formosa
Eterna seria menina e moça
Na voz do fado, Idolatrada
Embalada no berço onde nasceu
Musa do poeta em seu apogeu
Em bela poesia sempre rendada
 
 
 
Ai se Lisboa fosse minha
Levava-te por este mundo afora
Adorar-te... seria pouco agora
Envenena-me esta saudade atroz
Deixei-te levei as minhas penas
Agora choro um rio de açucenas
Do cacilheiro, já não ouço a voz
 
 
 
Nem mesmo quando à noitinha
Nas margens de um rio qualquer
Me ponho a cismar, (sou mulher)!
Quem te dera aqui minha Lisboa!
Meu berço, onde me quero deitar
Embalada pela canção do teu Mar
E a ouvir o fado da Madragoa.
 
 
 
Atravessar o Tejo, num veleiro
Desenhar as ondas em meu olhar
Minha Lisboa que te quero amar!
Quero que para sempre sejas minha!
Quero o fado e vielas pequeninas
Quero os pregões, todos os ardinas
Ter a Graça denominada Alfacinha!
 
 
 
Cecília Rodrigues
Portugal
Março _ 07

 

 
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SE LISBOA FOSSE MINHA
Fernando Reis Costa



Se Lisboa fosse minha
Como dela é o fado
Eu seria um alfacinha
Tal com rei encantado!

Vivia no seu Castelo
Como rei desta cidade
E com meu fado singelo
Soltava toda a saudade !

Se Lisboa fosse minha...
Eu era homem de fama:
Mirava o Tejo, à tardinha;
Depois... um copo em Alfama!

Ia até ao Bairro Alto
Para ouvir cantar o fado
Enquanto "ia" outro copo
No Restaurante "O Forcado"!

Se Lisboa Fosse Minha,
Co'as suas sete colinas,
Andava pelas tasquinhas
Pagava um copo aos ardinas!

Ia dos "Prazeres" à "Graça"
A ouvir a campaínha
Do eléctrico "vinte e oito"
Passando ruas estreitinhas!

Se Lisboa fosse minha
(ainda que eu feito rei)
Nas "Docas"...a cervejinha
À noite sabia bem!

Passava pela Mouraria;
E na Praça da Figueira
Olha o céu, e dizia:
- Lisboa, és feiticeira!

E agora ireis pensar...
- Mas este rei so vê copos?
- Olhem que foi p'ra rimar...
Não sejam assim marotos!!!!

Fernando Reis Costa
Coimbra, 9.02.2007


 

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Se Lisboa fosse minha
Tere Penhabe


Se Lisboa fosse minha
por certo já não teria
motivos para invejá-la
e muito eu a amaria.


Aprenderia seu fado
seu encanto, seu bailado
e nas franjas do seu mar
cantaria o meu passado.


Se Lisboa fosse minha
encontraria os amigos
trocaria mil abraços
que os guardo cá comigo.


Entre as luzes e magia
minha ronda eu faria
até encontrar menestrel
que me acompanhe em cordel.


E num fado interessante
de rimas atropeladas
escreveria a história
da minha Lisboa amada.


Se Lisboa fosse minha
por certo o meu coração
seria um campo de trigo
a entoar minha ilusão!


Santos, 09.03.2007
www.amoremversoeprosa.com

 


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Filomena
 
Ai se Lisboa fosse minha
Como ela e a minha
Cidade natal, eu trago
Ela sempre dentro do
meu pensamento
E coração que jamais
A largaria da mão.
Ai se Lisboa fosse minha
Quantas saudades ela me faz
Da minha infância, do meu tempo
De escola primaria,
Dos dias das festas dos Santos
E das Marchas Populares .
De saltar a fogueira comer
Castanhas assadas
E passear a beiro do Tejo
De passear por Alfama
E ouvir saindo pelas janelas
a musica tradicional do nosso
Fado.
Ai se Lisboa fosse minha
Eu traria ela comigo
Para toda a parte que vá.
Assim Lisboa estas longe
Da minha vista, longe de aonde
Eu vivo, mas sempre comigo
Dentro do pensamento
E do meu coração!
 

Filomena Ribeiro
3 de Marco de 2007
Holanda

 

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Se Lisboa fosse minha
Helô Abreu



Se Lisboa fosse minha, na vida,
mais do que já o é no coração
muitos quadros dela pintaria
mesmo pintora não sendo..que perdição
Pintaria as belezas que guardo carinhosamente
dos tempos que nela vivi a sonhar,
cores me faltariam certamente
como me faltam as palavras
quando desejo fielmente, a bela Princesa cantar
Palavras egasgam-me á garganta
e as tintas das canetas não bastam
pr'a cantar-te minha Lisboa amada
Imagens, quantas imagens tenho guardada
que penso nunca esquecerei de nada
do que um dia contigo vivi...
Lisboa tu és minha
de alma e coração
Têm no fato validade, meu amor a ti conferido
pelo meu modo amante de senti-los.
E aí reside o Lisboa ser minha,
no resistir a saudades que sinto
e sobreviver sofrendo, distante dela dia a dia ,
e dela viver escrevendo o que sinto
sempre ao som de lindos fados
que ouço diariamente,
com os olhos de lágrimas coalhados.
E nos papéis imprimo a dor e saudade
e choro molhando o chão e a roupa,
nunca o papel já pr'a ti escrito (como se fora carta de amor)
para não manchar o que sinto por ti . .
E quando se esgotam os meus sentimentos
guardo os papéis e dói-me o amor sentir
a desejar que meus sentimentos
que aparecem cada dia com mais força
possa eu poéticamente neles imprimir ,
os sentimentos , o amor e a saudade,
que nunca repousam longe de ti
Por isto digo com toda certeza
Lisboa amada, és minha, eterna Princesa.
E tua sou eternamente
enquanto em mim um coração existir...


 

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MINHA LISBOA
Antonio Cícero da Silva



Lisboa é minha
Vivo nela a pensar
Lembro de lindo castelo
E a ela irei visitar.

Relembrando as gaivotas
Nos céus a bailarem
Até pego uma carona
E continuo a meditar.

Lisboa é linda
Com rio fantástico
Lá reflete grande brilho
É como reino encantado.

Falar de Lisboa
É falar de doce apurado
Que clareia a visão
Muito além do Rio Tejo.

Lisboa é toda minha
Está no meu coração
Retornarei lá ainda
Com carinho e devoção.

Carapicuiba/SP/Brasil, 10/03/2007


 

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Textos apresentados na forma original de envio

 

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